20 de out. de 2012

Importância do calculo mental para construção de número.


       O valor e o papel do cálculo mental nas séries iniciais do Ensino Fundamental, e a sua importância no contexto educacional da rede municipal do 2º ao 5º ano do Ensino Fundamental. Buscar compreender tal contexto junto aos professores  e também junto às propostas curriculares e aos cursos de formação. Para tanto, analisamos alguns documentos da rede municipal, questionários respondidos pelos professores e uma entrevista com uma formadora da rede.
Consideramos cálculo mental como um conjunto de procedimentos de cálculo que podem ser analisados e articulados diferentemente por cada indivíduo para a obtenção mais adequada de resultados exatos ou aproximados, com ou sem o uso de lápis e papel. Os procedimentos de cálculo mental se apoiam nas propriedades do sistema de numeração decimal e nas propriedades das operações, e colocam em ação diferentes tipos de escrita numérica, assim como diferentes relações entre os números.
O cálculo mental permite maior flexibilidade de calcular, bem como maior segurança e consciência na realização e confirmação dos resultados esperados, tornando-se relevante na capacidade de enfrentar problemas. Tal desenvolvimento de estratégias pessoais para se calcular vai ao encontro das tendências recentes da psicologia do desenvolvimento cognitivo, que nos apontam para a importância de uma aprendizagem com significado e do desenvolvimento da autonomia do aluno. Desse modo, paralelamente, outras perguntas foram sendo traçadas e surgiu a necessidade de buscarmos perceber quais as concepções de ensino-aprendizagem que estão por trás das estratégias de ensino de cálculo mental adotadas na rede.
Portanto, também permeiam pela pesquisa, as discussões acerca da exploração e resolução de problemas, da relação professor-saber-aluno e da aprendizagem com compreensão, principalmente as suscitadas por Piaget, Kamii e Charnay. Percebemos que tanto por parte dos documentos quanto dos professores há o reconhecimento da importância do cálculo mental no ensino-aprendizagem de matemática, mas, na prática, é pouco usado em sala de aula e sua concepção gera diversas interpretações.
Embora o cálculo mental venha recebendo destaque em diversos programas curriculares e em pesquisas acadêmicas, ainda há necessidade de se ampliar a discussão tanto em relação ao seu papel na construção dos conhecimentos matemáticos, quanto às formas ou metodologias envolvidas no seu desenvolvimento. Assim, esse trabalho procura contribuir para a reflexão da importância do cálculo mental para a construção dessa autonomia discente e traçar um olhar sobre o seu valor e papel no campo da educação matemática.
Um ponto importante a aprendizagem de um repertório básico de cálculos não se dá pela simples memorização de fatos de uma operação, mas pela realização de um trabalho que envolve a construção, a organização e, como consequência, a memorização compreensiva desses fatos.
     O trabalho com cálculo mental habilita para uma maneira de construção do conhecimento que, ao nosso entender, favorece uma melhor relação do aluno com a Matemática. O trabalho com cálculo pensado deve ser acompanhado de um aumento progressivo de cálculo automático.
      A aquisição de destrezas de cálculo mental Promove o desenvolvimento da compreensão numérica porque encoraja a procura de processos mais fáceis baseados nas propriedades dos números e das operações. (Abrantes)
      Os procedimentos utilizados podem ser diversos; São flexíveis e adaptam-se de acordo com os números; São ativos: os alunos escolhem um método consciente ou inconsciente; Começam frequentemente com o primeiro número; Exigem compreensão; Dão uma aproximação inicial da resposta porque os dígitos da esquerda são considerados primeiro.
      Analisar alguns livros didáticos buscando identificar: São propostos problemas? De que tipo? São apresentadas as técnicas operatórias? Como isso é feito? Há propostas de atividades que estimulem o cálculo mental? Como elas são?
      As professoras das oficinas de Experiências Matemáticas elaborarem um jogo que envolva cálculo mental e aplicar com os demais professores. 

Bibliografia:
Livro: A Conquista da Matemática; Autor JR, Giovanni
Livro: História da Matemática para uso em sala de aula; Autor BOYER, Carl b.

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